300: o outro lado da história | By : dudumarais Category: Portuguese > Movies Views: 1220 -:- Recommendations : 0 -:- Currently Reading : 0 |
Disclaimer: I own no one and nothing from "300". I do not know anyone in the story: this is a work of fiction. I make no money from this. |
- Você sabia? – pergunta Lassir enquanto Pérola retira o leite de seu seio.
- No começo não. Depois, o Capitão contou-me e disse que revelaria a verdade me breve. Coube a mim, cuidar da senhora e de Yasmim sem contar a verdade ou morreria. Lembre-se sempre de que sou uma persa dentro do palácio real dos espartanos.
- Meu coração batia pela metade. Agora bate inteiro, porém não confio em Artemis. Como ele conseguiria esconder uma criança no palácio, sem o conhecimento de minha cunhada? Gorgo é astuta e inteligente.
- Os dois têm um acordo, certamente. É uma forma de manipular a senhora para que não fuja ou volte para o corcunda, minha rainha.
Lassir olha para o céu, enquanto Pérola limpava seus seios. A noite iria cair e a luz cheia viria majestosa no céu. Iria para o jardim das palmeiras e conversar com as sombras conforme havia combinado com Ephialtes.
Naquela madrugada, no silêncio dos adormecidos, Lassir esgueira-se pelas passagens que conhecia bem desde criança. Sabia como chegar a todos os cômodos do palácio sem ser seguido ou descoberto e naquele momento usaria seus conhecimentos.
- Não sei se está realmente entre as sombras, mas eu atendi ao seu pedido, Ephialtes. Não sei se foi apenas um poema o um enigma.
O som de uma risada rouca é a primeira resposta.
- Você é uma pessoa inteligente e leu a linguagem de meu corpo, minha doce Lassir.
- Estou com raiva de você, Ephialtes. Você se mostrou mentiroso e covarde.
- E quando fiz isso, minha rainha?
- Não me trate como se eu fosse mulher, sarnento! Você me abandonou no palácio de Xerxes, depois me roubou de lá para que os espartanos matassem minha filha.
- Não havia como saber que a menina nasceria defeituosa como o pai.
Lassir senta-se numa pedra grande e vê a sombra mover-se. Ephialtes sai das sombras e ajoelha-se diante da criatura belíssima.
- Eu estive o tempo todo ao seu lado e ouvi seus gritos durante o parto. Não menti para você em momento algum.
- Disse-me que Xerxes mataria minha filha diante dos espartanos numa batalha.
- E foi o que o próprio rei me disse! Ele tomou a irmã de Leônidas por esposa e depois mataria a filha dela diante dos olhos dos soldados espartanos. – ele apoia sua mão imensa no joelho de Lassir. – Eu não tinha para onde leva-la e então consegui a nossa fuga pelo mar em direção à sua família. Usei todo o meu tesouro que recebi de Xerxes.
Lassir sorri e mantém o queixo erguido.
- O Capitão Artemis foi ligeiro e aproveitou-se da situação de minha filha, para compelir-me a aceitar o casamento com ele. Enquanto eu for cordato, ele manterá minha filha em incógnita até enviar-me para Tessália. Estou nas mãos dele.
- Você? Duvido! Sei que dentro dessa cabecinha linda há um plano sendo arquitetado...
Lassir aperta a mão do corcunda.
- Você não é confiável, por isso quero uma prova de amor!
- Quantas provas você quiser, minha rainha.
- Você me contou que tinha dois segredos sobre Leônidas e que iria presentear Xerxes com eles. Um dos segredos era sobre a minha condição de "homem-mulher”... mas e o outro segredo...qual é?
Ephialtes sorri e começa a pressionar a carne da coxa de Lassir sob seus dedos fortes e tortos.
- O segredo provocará a morte de Leônidas.
- Somente dele?
- Não. Do exército inteiro e provavelmente a vitória de Xerxes.
Lassir levanta-se e afasta-se do corcunda.
- Hummm...Então não me diga o que irá fazer. Apenas faça e depois saberemos a consequência. E quando fizer, faça pensando no que vivemos.
Ephialtes aproxima-se da criatura e toca-lhe as costas, descendo seus dedos até a elevação das nádegas dela.
- Eu sinto a sua falta, Lassir. Deite-se comigo outra vez.
Lassir sorri e toca suavemente o rosto do seu corcunda.
- A noite está linda e quente. – senta-se no chão e convida Ephialtes a fazer o mesmo. – Sei que a vida depois desta noite não será a mesma.
- Perdoe-me, meu amor. Você pode ter perdoado seu irmão, mas eu não perdoarei Leônidas e os outros pelo seu sofrimento. Todos pagarão pela nossa humilhação e dor. – o corcunda solta o tecido da túnica que cobria um dos ombros de sua doce Lassir. Inclina-se e beija-lhe a pele macia e aromatizada pelas ervas. Mais uma vez seria o privilegiado em meio a tantos, a tocar aquela preciosidade espartana.
Duas manhãs depois daquele encontro, no palácio do rei Xerxes.
- Ora, ora, ora! Quando me disseram eu não acreditei! - o rei dourado aproxima-se do visitante. – Já lutei inúmeras batalhas, mas devo confessar que nunca enfrentei um adversário tão corajoso como você, Ephialtes!
O corcunda permanece com sua constante inexpressividade.
- Você se atreveu a querer entrar para o exército de Leônidas, mesmo com essa feiura e deformidade; depois se atreveu a exilar-se e unir-se a mim; coordenou a invasão ao palácio de Leônidas para raptar Lassir; ousou engravidar Lassir sob o meu teto; roubou Lassir de mim e a devolveu aos espartanos e agora está de volta ao meu palácio! Você é louco ou corajoso demais?
- Digamos que eu seja um homem que não tem perspectivas. Perdi tudo o que amava e quem amava. Não tenho mais medo de nada.
Xerxes olha-o com desprezo.
- Por que o senhor não se aproveitou da invasão ao palácio de Leônidas naquela ocasião e não tomou posse do lugar?
- O que me interessa nesta guerra é a cabeça de Leônidas em minhas mãos e o corpo dele crucificado numa estrada. – rosna o rei dourado. – De que me serve construções? Mesmo que eu usasse Gorgo como refém, o maldito Leônidas não cederia às minhas chantagens, como não cedeu quando tive a linda Lassir comigo.
Ephialtes concorda com um movimento de cabeça.
- Sem contar nas baixas que tive com aquela invasão. Preciso de algo mais valioso...- Xerxes inclina-se para encarar o corcunda. – Como está sua criança com Lassir?
- Uma nasceu saudável, mas a outra nasceu disforme.
O rei gargalha.
- Jogaram o bebê num precipício? Caso tivessem ficado comigo, a criança viveria! Eu faria questão de manter as crianças e a mãe vivas, apenas para provocar Leônidas. Eu sou bom!
- O Capitão da guarda pessoal manteve o bebê disforme vivo, apenas para obrigar Lassir a casar-se com ele, sob a autorização do rei.
- Ela é minha rainha. Não pode casar-se e sabe disso. – Xerxes afasta-se do visitante e o olha de soslaio. – Mas o que você perdeu em meu palácio?
Inspirando tranquilidade, Ephialtes encara o rei.
- Leônidas me humilhou uma vez, porém o que senti não doeu tanto quanto ao que Lassir sentiu quando a criança foi arrancada de seus braços, literalmente. Lassir lutou, mas perdeu. Durante dias ela sangrou quase à morte, porém ela é uma guerreira e por ela vim fazer o que é meu dever de homem e pai. Vou destruir Leônidas!
Xerxes gargalha debochado.
- E o que um saco de estrume como você, pode fazer contra o meu inimigo? Nem mesmo os meus melhores soldados conseguiram êxito!
- Não conseguiram êxito porque eles não sabem o que eu sei. Eu tenho a lâmina que cortará o véu de invisibilidade do exército de Leônidas.
O rosto do rei dourado torna-se sério e ele demonstra interesse.
- E o que você sabe, corcunda?
- Eu quero riqueza. O que eu possuía, usei para conseguir nossa fuga de barco até Esparta. Agora quero muito mais porque tenho de levar Lassir e as minhas filhas para fora daqui.
Xerxes ergue uma sobrancelha.
- Terá o que quiser, se me entregar essa tal lâmina.
- Eu levarei seu exército até o exato local onde o exército de Leônidas esconde-se. Há um estreito que os abriga depois das batalhas e ali eles curam seus feridos e traçam as estratégias para os próximos ataques. Sei exatamente onde fica e poderá toma-los de assalto, porque há uma trilha usada por pastores de cabras, e desse lugar, poderemos pegar os espartanos pela retaguarda.
Um sorriso perverso ilumina os lábios finos do rei dourado.
- E o que lhe dá garantias de que não mandarei alguém mata-lo, depois que revelar esse local?
- Nada. – Ephialtes dá de ombros. - Porém, eu sei que o senhor sabe recompensar seus protegidos e servos. É um risco que correrei, mas caso eu morra, morrerei feliz ao ver a derrota de Leônidas.
Um silêncio sepulcral desce sobre os dois homens. Por longos minutos apenas encaram-se.
- Lassir está linda?
- Ainda mais do que a última vez que o senhor a viu. Os cabelos estão mais longos e a pele mais viçosa depois do parto. Está ainda mais forte e tem leite em abundância para as meninas.
Xerxes sorri e por segundos fica pensativo.
- Vamos à nossa vitória sobre os “leões” do rei.
Um sorriso tímido e curto é resposta de Ephialtes.
While AFF and its agents attempt to remove all illegal works from the site as quickly and thoroughly as possible, there is always the possibility that some submissions may be overlooked or dismissed in error. The AFF system includes a rigorous and complex abuse control system in order to prevent improper use of the AFF service, and we hope that its deployment indicates a good-faith effort to eliminate any illegal material on the site in a fair and unbiased manner. This abuse control system is run in accordance with the strict guidelines specified above.
All works displayed here, whether pictorial or literary, are the property of their owners and not Adult-FanFiction.org. Opinions stated in profiles of users may not reflect the opinions or views of Adult-FanFiction.org or any of its owners, agents, or related entities.
Website Domain ©2002-2017 by Apollo. PHP scripting, CSS style sheets, Database layout & Original artwork ©2005-2017 C. Kennington. Restructured Database & Forum skins ©2007-2017 J. Salva. Images, coding, and any other potentially liftable content may not be used without express written permission from their respective creator(s). Thank you for visiting!
Powered by Fiction Portal 2.0
Modifications © Manta2g, DemonGoddess
Site Owner - Apollo